segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E lá se vão 20 anos desde o lançamento de Rust In Peace...


Apesar de ter lançado 3 ótimos álbuns (Killing Is My Business...And Business Is Good, Peace Sells… But Who’s Buying? e So Far, So Good… So What?), ainda faltava algo para consolidar a banda de Dave Mustaine – que sempre soava como se estivesse querendo competir com sua maior frustração, o Metallica...
As constantes trocas de guitarristas e bateristas deixavam os fãs cada vez mais desconfiados a cada lançamento.
Foi aí que Mustaine botou a cabeça para funcionar, e ao lado de seu fiel companheiro (até então) Dave Ellefson, recrutou o virtuoso guitarrista Marty Friedman (já famoso pelos trabalhos no Cacophony e Hawaii) e o excelente baterista Nick Menza – e a fórmula deu tão certo que essa formação gravaria os próximos três discos, além de R.I.P.

A banda entrou em estúdio para gravar aquele que seria seu melhor álbum em todos os tempos; Rust In Peace (curiosamente, o primeiro álbum a ter um título curto e simples!)
Mustaine e CIA foram para o Rumbo Studios, em março de 1990, e ao lado Mike Clink , produziu uma verdadeira pérola do heavy metal.
A começar pela belíssima capa, que trazia o mascote Vic Rattlehead numa conspiração ao lado dos maiores líderes mundiais daquela época – assinada pelo brilhante Edward J. Repka – a banda tinha acertado a mão, com músicas ainda mais trabalhadas e cativantes.
Os duetos de guitarra de Mustaine e Friedman, assim como seus solos, beiravam a perfeição – do thrash pouca coisa restou, já que a sonoridade remetia ao mais clássico heavy metal.
As letras falavam de religião, ocultação de vida alienígena, além é claro, dos “fantasmas” pessoais que sempre assombravam a mente de Dave Mustaine.
Impossível destacar uma só música num track list que trazia Holy Wars...The Punishment Due (grande referência à Guerra do Golfo, que rolava naquele momento, e talvez, o maior sucesso do álbum – e da banda, sempre executada em todos os shows, de lá pra cá), Hangar 18 (que logo virou o segundo single, atrás de Holy Wars...), Take No Prisoners, Five Magics, Poison Was The Cure, Lucretia, Tornado Of Souls, Dawn Patrol e Rust In Peace...Polaris, verdadeiros clássicos, onde podemos captar toda a criatividade monstruosa da banda naquele momento.
Rust In Peace foi logo parar na 23 posição da “The Billboard 200”.

Mais tarde foi lançado uma versão remasterizada que incluía como bônus, as faixas My Creation (sobra de estúdio de R.I.P.) e as versões demo de Rust In Peace... Polaris, Holy Wars... The Punishment Due e Take No Prisoners.
Com Rust In Peace, o Megadeth não só criou seu maior clássico de todos os tempos, como também entrou de vez no “clube dos grandes” e nos brindou com alguns álbuns de muita qualidade em sequência.
E o Brasil foi abençoado ao ser incluído na tour desse álbum, no Rock In Rio II, em 1991...
E em 2010 a banda caiu na estrada para comemorar os 20 anos desse álbum sensacional –que logo terá uma versão em DVD desses shows.

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